quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014


Simulações em Labview de um Motor CC.
Laboratório de Sistemas Controlados por Computador - 06 de fevereiro, 2014

Sistema em função de transferência

Sistema em espaço de estados



Vitor Vidal e Reginaldo Assis

terça-feira, 9 de julho de 2013

The beekeeper

Ο Μελισσοκόμος
The beekeeper

Cena  de "The beekeeper" (1986)  de Theo Angelopoulos.

Se alguém me perguntasse quem sou,
diria apenas que estou de passagem,
que não quero nada,

Guardaria ao silêncio a minha vertigem,

Se encontrasse uma bela perdida,
voluntariosa e liberta,
a consumiria em espasmos de desespero poético,

Quando no recanto alto
pudesse apenas olhar,
visse dentro as linhas
do eterno passo no círculo lento,
só poderia render-me,
jogar-me na terra e ficar a cismar cada grão caído,

Pois que tudo não há de ser nem ter sido mais do que isso,

Lançar-se e ficar a cismar com cada instante sido

Cena  de "The beekeeper" (1986)  de Theo Angelopoulos.

Pequeno Poema

Pequeno Poema


Veja bem...
Essas mãos atadas...

É coisa que não se sabe...

A pupila gasta...
A dor tão vasta...

E a vida...

É silêncio...

Choro Grato

Choro Grato


Quando chora o céu,
Tem o ar essa face orvalhada,
Caudal de lágrima perene que sente o véu claro derramar-se
sob a terra solene

Vê-se a cortina alva
entrelaçando as formas altas
e as figuras amainadas do solo falho

Nostalgia furtiva,
engravida o ser com semente de presságio úmido,
feto que brota sempre junto ao choro do nublado fundo,

Há esses momentos em que faço chover dentro,
Põem-se nuvens entre os pensamentos
E sentir torna-se puro desaguar-se

Quando chora o céu
Vêm esse frêmito de sentir-se afluente da garoa branda

Penso como que de soslaio,
A observar o céu em pranto
como seria findar a vida à jusante em delta raro,
estuário final da corredeira doce

Embora desde a fenda nascente tenha provado do sal,
é só na praia calcária que vem o gosto acre?
de não mais escorrer na areia branca

E continua esse querer suspender-se,
e ser riacho em meio essa chuva premente,

Lá fora insiste a névoa curva em soluçar esse orvalho,
E continua a sensação de ser desse céu o choro grato

A queda, de René Magritte, em 1953